domingo, 27 de junho de 2010

Ruy Belo

Volta com os primeiros anjos de dezembro num vasto laranjal eu quero amar-te

e então a tua vida há-de ser a minha arte e teu vulto a única coisa que relembro

o passado e mentira digo eu sensível ao esplendor do meio-dia e sob a árvore plena da alegria

o mínimo cuidado esmoreceu

Ao grande peso de tanto passado com a insónia da dúvida na testa basta a tua presença que protesta e todo eu me sinto renovado

Madrid, IS/v 1977

(DESPEÇO-ME DA TERRA DA ALEGRIA, 1978)

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