José António Gonçalves
O CHAMADO DA FALÉSIA
espera-se por tudo quando a falésia
nos chama por dentro do nevoeiro
cobrindo a ilha
nesse momento pensamos se todo o mundo
será assim vestido de bruma e limpamos
os olhos com as nuvens do horizonte
na verdade sabemos que não e o mar
é como uma estrada indicando um caminho
e o coração uma bússola para orientar a viagem
e ao chamado ecoando pelas serras verdes
e se detendo nas pedras cinzentas dos cumes
não sabemos que dizer como responder
algures apontamos um pedaço de terra
e um dia numa carta à mãe lá confessamos
estou aqui tão distante do lugar
onde num dia como nunca vi outro igual
decidi que hei-de morrer
hoje por lá mora um silêncio
sabendo a demora à saudade caiada de chuva
onde já deviam estar as paredes de cal branca
de uma casa
espere por mim
José António Gonçalves
(inédito.24.4.04)
JAG
http://members.netmadeira.com/jagoncalves/
espera-se por tudo quando a falésia
nos chama por dentro do nevoeiro
cobrindo a ilha
nesse momento pensamos se todo o mundo
será assim vestido de bruma e limpamos
os olhos com as nuvens do horizonte
na verdade sabemos que não e o mar
é como uma estrada indicando um caminho
e o coração uma bússola para orientar a viagem
e ao chamado ecoando pelas serras verdes
e se detendo nas pedras cinzentas dos cumes
não sabemos que dizer como responder
algures apontamos um pedaço de terra
e um dia numa carta à mãe lá confessamos
estou aqui tão distante do lugar
onde num dia como nunca vi outro igual
decidi que hei-de morrer
hoje por lá mora um silêncio
sabendo a demora à saudade caiada de chuva
onde já deviam estar as paredes de cal branca
de uma casa
espere por mim
José António Gonçalves
(inédito.24.4.04)
JAG
http://members.netmadeira.com/jagoncalves/
Etiquetas: poesia/poetry/poesie
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