PAUL VERLAINE
SOBRE UMA ESTÁTUA
Quê?! Nesta estância balnear
- Repouso, tréguas, paz - contigo
De face ou dorso venho dar,
Canímedes, meu belo amigo!
Arrebata-te a águia, acaso
Com pena, do meio das flores;
Avara de efusões sua asa
Parece querer-te, se tu fores.
Oh! Não prò Júpiter tirânico,
Mas «pràs nuvens», talvez, plo visto.
E aquele olho que me dá pânico
Lança-te um olhar bem esquisito...
Fica connosco, ó bom rapaz!
Todo este tédio em que me movo
Distrai-o tu, como és capaz.
Pois não és nosso irmão mais novo?
Aix-les-Bains, Setembro de 1889
PAUL VERLAINE
(1844-1896)
(in «Hombres e Algumas Mulheres»,
Tradução de Luiza Neto Jorge)
Quê?! Nesta estância balnear
- Repouso, tréguas, paz - contigo
De face ou dorso venho dar,
Canímedes, meu belo amigo!
Arrebata-te a águia, acaso
Com pena, do meio das flores;
Avara de efusões sua asa
Parece querer-te, se tu fores.
Oh! Não prò Júpiter tirânico,
Mas «pràs nuvens», talvez, plo visto.
E aquele olho que me dá pânico
Lança-te um olhar bem esquisito...
Fica connosco, ó bom rapaz!
Todo este tédio em que me movo
Distrai-o tu, como és capaz.
Pois não és nosso irmão mais novo?
Aix-les-Bains, Setembro de 1889
PAUL VERLAINE
(1844-1896)
(in «Hombres e Algumas Mulheres»,
Tradução de Luiza Neto Jorge)
Etiquetas: poesia/poetry/poesie
1 Comentários:
Gostei de fazer esta leitura.
Obrigada.
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