Carlos Tê
ninguém escreve à alice
era outono e a tristeza
caía naqueles lados
como se dobrassem sinos
com um toque de finados
o mundo chamava alice
e ela sem vontade de ir
tão cedo para estar amarga
mais ainda para cair
talvez uma só palavra
talvez uma só missiva
pudesse mudar a agulha
dum coração à deriva
mas o carteiro passou
nada deixou nada disse
e o recado não chegou
ninguém escreve à alice
ninguém escreve à alice
até que veio o inverno
do seu descontentamento
que lhe enregelou a alma
com um frio mudo e lento
uma noite foi para a rua
com roupas de ritual
ao longe brilhavam néons
foi notícia no jornal
talvez uma só palavra
talvez um simples recado
pudesse mudar a agulha
dum coração desvairado
mas o carteiro passou
nada deixou nada disse
e o recado não chegou
ninguém escreve à alice
carlos tê
era outono e a tristeza
caía naqueles lados
como se dobrassem sinos
com um toque de finados
o mundo chamava alice
e ela sem vontade de ir
tão cedo para estar amarga
mais ainda para cair
talvez uma só palavra
talvez uma só missiva
pudesse mudar a agulha
dum coração à deriva
mas o carteiro passou
nada deixou nada disse
e o recado não chegou
ninguém escreve à alice
ninguém escreve à alice
até que veio o inverno
do seu descontentamento
que lhe enregelou a alma
com um frio mudo e lento
uma noite foi para a rua
com roupas de ritual
ao longe brilhavam néons
foi notícia no jornal
talvez uma só palavra
talvez um simples recado
pudesse mudar a agulha
dum coração desvairado
mas o carteiro passou
nada deixou nada disse
e o recado não chegou
ninguém escreve à alice
carlos tê
Etiquetas: poesia/poetry/poesie
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