Maria do Sameiro Barroso
ESPÁDUAS DE LUZ
"Eu estava no mundo.
e o mundo continuava a ser o mundo
mas era também um arquipélago de jardins. "
António Ramos Rosa
(De um poema inédito)
Nas ilhas de silêncio e barcos que a água
e o sangue misturam,
hélices de bruma, redes
cobertas de animais marinhos,
ninhos de folhas, ervas que libertam libélulas
vermelhas e azuis, jacintos
de água. Espáduas de luz.
Seixos, cicatrizes.
Larvas que crescem na língua argilosa que
percorre as fendas branquiais,
os fundos arenosos.
A elipse negra dos rostos.
Porque as palavras são um clarão que liberta
as feridas,
as fímbrias despedaçadas.
Como roseiras insólitas
que ferem, possibilitam o corpo
de estrelícias / solidão,
estátuas negras.
Sementes que germinam.
Desprendendo aromas.
Cinza e claridade.
Maria do Sameiro Barroso
Jardins Imperfeitos
Universitária Editora
"Eu estava no mundo.
e o mundo continuava a ser o mundo
mas era também um arquipélago de jardins. "
António Ramos Rosa
(De um poema inédito)
Nas ilhas de silêncio e barcos que a água
e o sangue misturam,
hélices de bruma, redes
cobertas de animais marinhos,
ninhos de folhas, ervas que libertam libélulas
vermelhas e azuis, jacintos
de água. Espáduas de luz.
Seixos, cicatrizes.
Larvas que crescem na língua argilosa que
percorre as fendas branquiais,
os fundos arenosos.
A elipse negra dos rostos.
Porque as palavras são um clarão que liberta
as feridas,
as fímbrias despedaçadas.
Como roseiras insólitas
que ferem, possibilitam o corpo
de estrelícias / solidão,
estátuas negras.
Sementes que germinam.
Desprendendo aromas.
Cinza e claridade.
Maria do Sameiro Barroso
Jardins Imperfeitos
Universitária Editora
Etiquetas: poesia/poetry/poesie
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial