sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Poema Sânscrito

1.

Esta mesma lua ilumina a minha amada
O vento acariciou já o seu rosto
A lua impregnou-se da sua beleza
e o vento do seu perfume.

Quem ama de verdade pouco lhe basta
para suportar a separação…
Que ela e eu respiremos o mesmo ar
e que os nossos pés pisem o mesmo céu.

2.

Suspiro por vê-la quando estamos separados
Anseio por abraçá-la quando a vejo
E quando abraço essa beleza de olhos rasgados
Fundir-me com ela é o meu único desejo.

3.

Não pode o lótus florir de noite
Nem a lua brilhar durante o dia
Apenas o teu rosto
Consegue realizar essa magia

4.

Embora não tenham limites as minhas conquistas
Para mim há apenas uma cidade
E nessa cidade um palácio
E nesse palácio um quarto
E nesse quarto uma cama
E nessa cama uma mulher
Adormecida
A jóia mais valiosa
De toda a minha coroa

5.

Se tenho o teu amor,
que me interessa o Paraíso?
Se não tenho o teu amor,
que me interessa o Paraíso?


Poema Sânscrito
Traduções de Jorge de Sousa Braga - in in ROSA DO MUNDO-
ed.Assírio e Alvim, Lisboa, 2001

Etiquetas:

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial