sexta-feira, 31 de julho de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Konstandinos Kavafis
O 25.º ANO DA SUA VIDA
Vai à taberna regularmente
onde se tinham conhecido no mês passado.
Perguntou; mas não sabiam nada para lhe dizer.
Das suas palavras, percebeu que se tornara conhecido
de um indivíduo totalmente desconhecido;
uma das muitas figuras juvenis desconhecidas
e suspeitas que por ali passam.
Vai contudo à taberna regularmente, de noite,
e queda-se e olha para a entrada;
até à fadiga olha para a entrada.
Talvez possa entrar. Esta noite ta!vez possa chegar.
Perto de três semanas assim faz.
Adoeceu a sua mente de lascívia.
Na sua boca ficaram os beijos.
Enlouquece da ânsia incessante toda a sua carne.
Daquele corpo o tacto está sobre ele.
Quer a união com ele outra vez.
Não atraiçoar-se, faz o esforço é claro.
Mas num momento quase fica indiferente. -
Além disso, ao que se expõe sabe-o,
tomou essa decisão. Não é improvável que esta sua vida
em escândalo nefasto o vá levar.
Konstandinos Kavafis
POEMAS E PROSAS
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães
e
Nikos Pratsinis
Relógio d´Água
Vai à taberna regularmente
onde se tinham conhecido no mês passado.
Perguntou; mas não sabiam nada para lhe dizer.
Das suas palavras, percebeu que se tornara conhecido
de um indivíduo totalmente desconhecido;
uma das muitas figuras juvenis desconhecidas
e suspeitas que por ali passam.
Vai contudo à taberna regularmente, de noite,
e queda-se e olha para a entrada;
até à fadiga olha para a entrada.
Talvez possa entrar. Esta noite ta!vez possa chegar.
Perto de três semanas assim faz.
Adoeceu a sua mente de lascívia.
Na sua boca ficaram os beijos.
Enlouquece da ânsia incessante toda a sua carne.
Daquele corpo o tacto está sobre ele.
Quer a união com ele outra vez.
Não atraiçoar-se, faz o esforço é claro.
Mas num momento quase fica indiferente. -
Além disso, ao que se expõe sabe-o,
tomou essa decisão. Não é improvável que esta sua vida
em escândalo nefasto o vá levar.
Konstandinos Kavafis
POEMAS E PROSAS
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães
e
Nikos Pratsinis
Relógio d´Água
Etiquetas: poesia/poetry/poesie
KARLE WILSON BAKER
("'Let me grow lovely, growing old")
Que eu tenha mais encantos, com o tempo -
Como sucede às coisas preciosas:
Oiro, marfun, as sedas, como as rendas
Ganham em não ser novas.
Que saudáveis que são as árvores velhas,
E as velhas ruas têm outro acento;
Porque não hei-de então ser como elas,
Que têm mais encantos com o tempo?
KARLE WILSON BAKER
1878-?
oiro de vário tempo e lugar
Versões por
A. Herculano de Carvalho
Edições ASA
Que eu tenha mais encantos, com o tempo -
Como sucede às coisas preciosas:
Oiro, marfun, as sedas, como as rendas
Ganham em não ser novas.
Que saudáveis que são as árvores velhas,
E as velhas ruas têm outro acento;
Porque não hei-de então ser como elas,
Que têm mais encantos com o tempo?
KARLE WILSON BAKER
1878-?
oiro de vário tempo e lugar
Versões por
A. Herculano de Carvalho
Edições ASA
Etiquetas: poesia/poetry/poesie